quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Polícia fecha bordel de luxo com brasileiras em Roma


 
A polícia de Roma fechou um bordel de prostitutas brasileiras que, segundo o delegado responsável pela operação, tinha como clientes figuras conhecidas da TV e do cinema, empresários e profissionais liberais.

Os proprietários, um italiano de 50 anos e uma brasileira de 30, foram acusados de "favorecimento da prostituição".

De acordo com o delegado Domenico Condello, os programas de duas ou três horas com as garotas brasileiras podiam custar até 1.200 euros, mais de R$ 3.150,00.

Segundo o policial, o fechamento da casa de prostiuição no centro de Roma na noite de quarta-feira não encerra as investigações.

Festas

Eles acreditam que a casa romana tinha conexões em Milão e em outras cidades italianas.

"As brasileiras ficavam no apartamento da via Cavour por cerca de 10 dias. Depois, iam para outros lugares e deixavam o número de celular com a cafetina, caso algum cliente estivesse interessado em marcar um novo encontro", afirmou Condello à BBC Brasil.

Comerciantes vizinhos ao local denunciaram a movimentação estranha aos policiais, que decidiram interceptar os homens na hora da saída dos programas.

"Foram os próprios clientes que confirmaram a presença de prostitutas", afirmou o policial.

De acordo com Condello, a polícia também está investigando a participação de prostitutas brasileiras em "festas bem freqüentadas".

Link: BBC Brasil - http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/12/071206_italiaprostitutabrasil_vr_af.shtml

sábado, 1 de dezembro de 2007

Prostituta chilena doa 27 horas de sexo a programa de caridade

Prostituta chilena doa 27 horas de sexo a programa de caridade
 
María Carolina
María Carolina disse já ter arrecadado o dinheiro
Uma prostituta chilena doará o dinheiro arrecadado com 27 horas de trabalho para uma campanha de caridade em favor de crianças pobres e deficientes.

Esta semana, María Carolina compareceu em vários canais de TV chilenos para divulgar a iniciativa, prometendo doar "27 horas de amor" ao preço de 300 dólares por cada hora e meia de serviço.

Em entrevista à Radio Cooperativa, de Santiago, a prostituta disse ter arrecadado a quantia equivalente a R$ 6,9 mil, obtida com apenas um cliente.

"Um dos meus clientes já comprou as 27 horas de amor que serão doadas ao Teletón. No meu site estará o comprovante do depósito, para que as pessoas não pensem que vou ficar com o dinheiro", disse a prostituta, em entrevista à rádio.

O programa Teletón é o maior evento de caridade do Chile, contando com o apoio de várias celebridades do país. A edição deste ano vai ao ar nas principais emissoras de TV nesta sexta-feira e terá duração de 27 horas.

O responsável pela campanha Teletón no Chile, o apresentador de TV Mario Kreutzberger, conhecido no país como "Don Francisco", não concorda com a idéia da prostituta, alegando que a iniciativa é imoral. Ele não deixou claro, no entanto, se vai recusar a doação.

María Carolina rebateu, dizendo que não se pode "questionar alguém que quer trabalhar para uma causa nobre".

A prostituição adulta é legal no Chile.

Link original - http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/11/071130_prostitutachile.shtml

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Famílias desconhecem prostituição


TRÁFICO HUMANO
Famílias desconhecem prostituição

Muitas vezes pais acham que filhas trabalham no comércio e, em alguns casos, não têm sequer o contato delas

BIANCA MELO

Para os pais, as filhas dizem que vão para o exterior trabalhar em cafés, bares e casas de família. Não é regra, mas no caso das vítimas do tráfico de mulheres para fins de prostituição, é o mais comum. Na casa da jovem Kênia*, 23, no bairro Novo Riacho, em Contagem, seus pais se esforçam para equilibrar as despesas domésticas. Kênia se mudou para a Europa, possivelmente Portugal, há quatro anos. Ela foi deportada uma vez, há pouco mais de um ano, mas voltou com ajuda do mesmo grupo que comanda o esquema de prostituição que a levou da primeira vez. Foi a única vez que a família viu Kênia em quatro anos.

Há cerca de um ano e meio, duas irmãs mais velhas dela se mudaram também. Conforme informa o pai, um operário de cerca de 50 anos, todas já tinham experiência no comércio, mas emprego em Contagem não estava nada fácil, e elas resolveram arriscar. Ficaram o pai, a mãe e dois netos.

O nome de Kênia consta de relatório da Polícia Federal como vítima de tráfico internacional de pessoas, mas, segundo a família, ela e as irmãs batem ponto em postos de gasolina e fábricas em Portugal. Os pais não têm o telefone das filhas. Mesmo em caso de emergência, é preciso esperar que elas façam contatos lá das terras distantes. Ele diz que sente saudade, mas emenda: "filho a gente cria é para o mundo mesmo". O dinheiro que elas mandam é pouco, mas vem de vez em quando. "Ajuda a cobrir a despesa", diz.

Segundo informa o delegado substituto da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal em Belo Horizonte, Daniel Fantini, os policiais precisam ter cuidado redobrado na hora de procurar a família. "Precisávamos intimar as moças para depor no processo, mas a abordagem teve que ser sutil porque o pai não sabe mesmo o que a filha faz", disse se referindo à operação Tarô. Iniciada em 2006, ela ainda rendeu apreensões no início deste ano e conseguiu desmantelar parte de uma rede de tráfico humano que levava mineiras para se prostituirem na Suíça.


*Nome fictício


Consentimento não incrimina mulheres


As mulheres levadas a se prostituir em outro país são consideradas vítimas pela Justiça brasileira, independente de concordarem ou não com o que vão fazer. "Elas são vítimas que estão lá para realizar um sonho. Só passam a ser culpadas quando começam a colaborar com a organização criminosa", explica o delegado substituto da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal em Belo Horizonte, Daniel Fantini.

No relatório de apresentação da pesquisa Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual Comercial no Brasil (Pestraf), consta que muitas pessoas "acreditam que as mulheres foram aliciadas por serem prostitutas e, logo, elas carregariam uma parcela de culpa pela sua situação." O mesmo estudo diz que a visão é "equivocada do ponto de vista legal, uma vez que, em nenhum momento, a legislação menciona a conduta da vítima como relevante para o crime tráfico."

A pesquisa, a mais completa sobre o assunto feita no país, foi divulgada em 2003 pelo Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria), com apoio do Ministério da Justiça. A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, instituída no Brasil no ano passado, reafirma: "o consentimento dado pela vítima é irrelevante para a configuração de tráfico de pessoas (artigo 7º, capítulo I)".

Segundo o especialista em políticas públicas na área de tráfico de pessoas, da Secretaria Nacional de Justiça, Ivens Gama, a tentativa de afastar o preconceito contra as mulheres motiva a política a não responsabilizá-las. "Na política pública, enfocamos a exploração e o consentimento é irrelevante porque partimos do pressuposto de que ninguém consente ser explorado e, nesse caso, a exploração invalida o consentimento", explicou. (BM)




Traficantes usam documentação falsificada


Os traficantes de pessoas encontram facilidades e brechas para agir. Quando não conseguem o passaporte pelo sistema tradicional com os dados da interessada em viajar para o exterior, eles se utilizam de documentos falsos. "Há casos extremos de pessoas que forjam certidões de nascimento e carteiras de identidade e conseguem tirar o passaporte", assinala o delegado substituto da delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal em Belo Horizonte, Daniel Fantini.

A Polícia Civil, responsável pela emissão de carteiras de identidade, também admite que seu sistema muitas vezes é burlado por falsários. "Eles encontram formas de ludibriar, mas o sistema está ficando mais seguro", afirma o delegado Nelson Fialho, antes da Delegacia de Falsificações e Defraudações da Polícia Civil em Minas e hoje do Departamento de Operações Especiais (Deoesp).

Só no primeiro semestre deste ano foi criado no Estado um sistema digitalizado para confrontação de dados em todos os municípios mineiros. "Agora, por meio da impressão digital, o sistema busca informação para identificar se não há outro documento registrado para a mesma pessoa." É comum, revela Fialho, aparecer alguém solicitando emissão de carteira de identidade com a certidão de nascimento da mãe ou da irmã na mão. "Quando identificamos, a pessoa é enquadrada e processada por falsidade ideológica." (BM)




Com um 1,75, a escultural Rosa chegou à Suíça, levada por uma vizinha, sem saber ao certo o que iria fazer e se assustou ao receber três camisinhas
Brasileira chegou na Suíça sem saber que ia se prostituir


MURILO ROCHA

ZURIQUE, Suíça - Em alguns casos, nem mesmo a própria vítima do aliciamento sabe ao certo o que vai fazer no exterior. "Vim com uma vizinha para trabalhar em um bar. Em 15 dias, vendi um carro e deixei dois filhos para trás em busca da chance de ganhar mais dinheiro. No meu primeiro dia, tomei um susto. Quando estava me aprontando, me deram três camisinhas. Eu não entendi nada, só então minha vizinha me contou a verdade. Não fiz nada no primeiro dia, mas depois tive de trabalhar", conta a capixaba Rosa, 30. Em pouco tempo, a morena fez fama no meio e arrebatou os melhores clientes, além de ter se casado com um suíço.

Há oito anos em Zurique, ela realizou o sonho de dez em cada dez garotas de programa no exterior. Foi casada com um europeu, sem precisar ter de pagar pelo casamento, e hoje tem o direito de viver na Suíça legalmente, apesar de ainda estar à espera do documento definitivo. No entanto, a morena de 1,75 m, corpo escultural e olhos claros ainda se sente constrangida ao falar dos momentos vividos longe do Brasil.

O sonho da capixaba se transformou em pesadelo logo na primeira semana de casada. "Após o casamento, meu marido não aceitou mais o meu trabalho, me trancava dentro de casa e me batia. Uma vez saí e, quando voltei para casa, ele me deu uma surra durante três dias. Fui parar no hospital com múltiplas contusões e ele foi preso", conta. A sorte dela só mudou quando ganhou na Justiça suíça o direito à separação e à permanência provisória no país. Atualmente, Rosa trabalha como garçonete em um bar em Lansgtrasse. "Não faço mais programas, mas não critico quem faz", fala.


Publicado em: 28/11/2007

Link - Jornal O Tempo - http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=62991

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

CCJ rejeita projeto que legaliza prostituição

Consolidada - 07/11/2007 18h31
CCJ rejeita projeto que legaliza prostituição
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) rejeitou hoje o Projeto de Lei 98/03, do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que legaliza a prostituição. O projeto ainda terá de ser votado em plenário.

Após duas horas de debate, a CCJ acolheu o parecer do relator, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), contrário à proposta. Segundo ele, "o projeto iria reforçar a indústria da prostituição, e quem iria ganhar dinheiro seriam os grandes empresários, de quem as mulheres ficariam reféns".

O projeto reconhece que as pessoas que prestam serviços de natureza sexual fazem jus ao pagamento por tais serviços. Magalhães Neto argumenta que a liberdade para contratar não é ilimitada, deve respeitar a ordem pública e o interesse social e, a prostituição, portanto, não poderia gerar contrato.

Moralidade
A proposta rejeitada também suprime do Código Penal os artigos 228 (favorecer a prostituição), 229 (manter casa de prostituição) e 231 (promover, intermediar ou facilitar a entrada, no território nacional, de pessoa que venha exercer a prostituição ou a saída de pessoa para exercê-la no exterior).

Quanto ao artigo 228, o relator considera que sua supressão, "além de implicar uma violação da moralidade pública sexual", facilitaria o constrangimento das vítimas. Já a eliminação do artigo 231, conforme Magalhães Neto, contraria atos internacionais de que o Brasil é signatário, como a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças.

Dignidade
Na opinião da deputada Sandra Rosado (PSB-RN), que votou contra a proposta, ela não legaliza a profissão, apenas prevê o pagamento pela prestação de serviços de natureza sexual. A parlamentar defende primeiro a legalização normal da profissão. "Só a partir do momento em que a sociedade fizer uma abordagem distante do campo da moralidade é que serão trazidas sugestões orientadas para a defesa da cidadania e dos direitos humanos dos que exercem essa atividade."

Também contrário ao projeto, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) considera a legalização da prostituição "uma degradação moral, que não ajuda em nada o desenvolvimento econômico e social do Brasil". Para o deputado Gerson Peres (PP-PA), legalizar a mercantilização do sexo é uma afronta à dignidade da mulher brasileira.

A favor da proposta
Na opinião do deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), no entanto, "vergonha maior não é se prostituir, mas sim pagar uma pessoa para se relacionar com ela e depois discriminá-la como de segunda categoria". Como a prostituição já não é considerada crime pela legislação brasileira, o deputado considera que seria suficiente suprir a punição para aqueles que mantém casas com essa finalidade. Também favorável a essa proposta, o deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL) afirmou que, com isso, as mulheres poderiam trabalhar em ambiente lícito e legalizado.

Fernando Gabeira, autor do projeto, fez várias ponderações: ele afirma que a prostituição é um trabalho informal que precisa ser atraído para a Previdência Social. Gabeira também argumenta que o projeto ajudará no combate à prostituição infantil e juvenil. O mesmo afirma a coordenadora da Rede Brasileira de Prostitutas, Gabriela Leite. "Hoje, se a gente denunciar que tem uma criança em uma casa de prostituição, corre o risco de no dia seguinte acordar na vala comum. Porque os donos de bordel não devem obrigação a ninguém, só devem o dinheiro da corrupção policial que eles pagam para as casas deles funcionarem."

Íntegra da proposta:
- PL-98/2003

Notícias anteriores:
Debate sobre legalização da prostituição divide CCJ
Relatório aponta casos de exploração e venda de crianças
Ministros recebem dossiê sobre exploração sexual infantil
Câmara conclui votação de projeto sobre exploração sexual
Seguridade aprova mais rigor contra prostituição de menor
Câmara aprova projeto de combate à exploração sexual

Reportagem - Maria Neves e Paula Bittar
Edição - Patricia Roedel


(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')

Agência Câmara
Tel. (61) 3216.1851/3216.1852
Fax. (61) 3216.1856
E-mail:agencia@camara.gov.br
SR


Referência:
http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=113297

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Mais de 2.000 mulheres serão afetadas

Segundo a associação das profissionais do sexo, esse é o número de pessoas que trabalham nos 21 hotéis da Guaicurus

ERNESTO BRAGA
As intervenções na rua Guaicurus , rodoviária e entorno, anunciadas pela prefeitura, estão tirando o sono das mulheres que trabalham nos hotéis da zona boêmia. Segundo a Associação das Profissionais do Sexo de Belo Horizonte (APS-BH), mais de 2.000 mulheres, a maioria do interior de Minas e outros Estados, exibem seus corpos nos quartos de 21 hotéis à espera de clientes sedentos por sexo. Os hotéis funcionam diariamente das 8h às 23h.
A presidente da APS-BH, Dos Anjos Pereira Brandão, diz que a entidade não foi comunicada oficialmente pela prefeitura sobre a possibilidade do fim da zona boêmia. No entanto, segundo ela, as profissionais do sexo estão alarmadas com as informações que surgem sobre as mudanças na Guaicurus. "Falam que vão tirar a zona da cidade. Muitas mulheres vieram de fora e hoje moram nos hotéis. Elas não teriam para onde ir", afirma.
No quarto do hotel onde trabalha há 22 anos, na zona boêmia, a profissional do sexo M. guarda uma cópia do "Diário Oficial do Município". "Esse papel está nos assombrando. Aqui falam que vão reformar casarões e prédios antigos para moradias. Nosso medo é que resolvam nos tirar daqui para que as pessoas tenham interesse em vir morar na Guaicurus", diz. "Eu tenho cliente antigo, pai de família, que já trouxe filho e até neto na zona", acrescenta.
Há dois anos, B. largou a profissão de promotora de eventos de uma marca famosa de roupas para trabalhar como profissional do sexo na zona boêmia. De acordo com ela, os donos dos hotéis também estão preocupados com a possibilidade de fechamento dos estabelecimentos. "O que deveriam fazer é criar novas áreas de lazer na Guaicurus e melhorar a estrutura dos bares e restaurantes. O problema é que somos vítimas do preconceito de uma sociedade hipócrita, que tem medo de ser contaminada", critica.
Além dos hotéis, existem na Guaicurus vários cinemas que exibem filmes pornográficos e cabines de striptease ao vivo. Os interessados pagam entre R$ 2 e R$ 20 para assistir ao show, de dois a 40 minutos de duração. As cabines, segundo Dos Anjos Brandão, foram instaladas na zona boêmia há um ano e meio.
A consultora especializada da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, Maria Caldas, informa que não é função da prefeitura retirar as profissionais do sexo da rua Guaicurus. "Isso não faz parte do projeto de qualificação dessa área, pois não é de interesse público como foi a retirada dos camelôs", diz a especialista. Mas ela acredita que, com a requalificação, os hotéis deixarão de funcionar como prostíbulos.



Abandono propicia tráfico e violência

Uma das principais reclamações das pessoas que freqüentam a Guaicurus é a violência. O presidente da Associação dos Amigos da Rua Guaicurus, Ailton Alves de Matos, afirma que o tráfico de drogas está instalado no local. "A região ficou abandonada e esse abandono fez com que a violência e o tráfico migrassem para cá. O reflexo é maior à noite", diz.
Segundo a presidente da Associação das Profissionais do Sexo de Belo Horizonte, Dos Anjos Pereira Brandão, três mulheres foram assassinadas na Guaicurus neste ano. "Eram profissionais do sexo que se envolveram com o tráfico de drogas. Outras três foram ameaçadas e saíram da Guaicurus, mas foram assassinadas em outros locais", afirma.
O major Aroldo Pinheiro, comandante da 6ª Companhia da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na Guaicurus, confirma o registro de apenas um homicídio na zona boêmia neste ano. "Estamos registrando queda de 28% da violência na Guaicurus, nos últimos três anos", diz o oficial, sem apresentar os números absolutos.
De acordo com ele, as operações para combater o tráfico de drogas foram intensificadas. "Há um mês e meio prendemos 16 traficantes que forneciam droga na Guaicurus. A maior parte deles é da Pedreira Prado Lopes", informa o major. (EB)



Rua foi palco do primeiro ciclo industrial

Antes de se tornar a tradicional zona boêmia de Belo Horizonte, imortalizada pela lendária Hilda Furacão, a rua Guaicurus foi palco do primeiro ciclo de desenvolvimento industrial da capital mineira, no início da fundação da cidade. A existência de muitos galpões e a proximidade com a estação central foram determinantes para que a região se tornasse um importante pólo industrial, segundo o assessor da presidência do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-MG), José Abílio Belo Pereira.
"A atividade econômica ligaria a Guaicurus ao uso predominantemente comercial, mas havia também habitações. À medida que o centro da cidade foi crescendo para o lado da avenida Afonso Pena e da praça Raul Soares, a região (da Guaicurus) foi ficando abandonada. Todo aquele pedaço era inundado pelo (ribeirão) Arrudas, o que desvalorizava a área e a tornava incompatível com a atividade industrial. Com o abandono, ela foi apropriada para a atual função, a partir dos anos 50", explica Pereira. (EB)
ACERVO JOSÉ GÓES
Proximidades da Guaicurus, quando a região era pólo industrial de Belo Horizonte



Zona boêmia ganhou força nos anos 50

A zona boêmia na rua Guaicurus se formou nos anos 50. E foi nessa época que a bela Hilda Furacão, da obra de Roberto Drummond, trocou o glamour dos bailes promovidos pela alta sociedade de Belo Horizonte pelo submundo da prostituição, passando a morar no mais badalado hotel da Guaicurus.
O travesti Cintura Fina era o fiel amigo da prostituta. Mas até hoje ninguém sabe ao certo se ela realmente existiu. Atualmente, os bordéis se disseminaram pela região, onde há grande concentração comercial, com destaque para os atacadistas de variados produtos, bares e lanchonetes.
A proximidade com os shoppings populares e a grande quantidade de pontos de ônibus também atraem muitas pessoas ao local. O comércio formal funciona das 7h às 18h. Após esse horário, sobram os botequins e os vendedores informais, que oferecem de comida a tatuagens na Guaicurus e imediações. (EB)

Publicado em: 04/11/2007

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Zona boêmia da Guaicurus pode perder seu espaço

Prefeitura quer requalificar tradicional rua; área deve ser transformada em eixo cultural

ERNESTO BRAGA
Conhecida tradicionalmente como a zona boêmia de Belo Horizonte, em atividade desde a década de 50, a rua Guaicurus, no centro da cidade, poderá perder o estigma de ponto de prostituição. A prefeitura busca parceiros na iniciativa privada para promover a requalificação urbanística e ambiental da região. A alternativa mais evidente, segundo a consultora especializada da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, Maria Caldas, é transformar a área em um complemento do eixo cultural instalado ao longo do Bulevar Arrudas. Para a consultora, com a nova ocupação urbana, a tendência é que os hotéis onde trabalham as profissionais do sexo migrem espontaneamente para outro local.
Rua Guaicurus, no hipercentro de BH; consultora da prefeitura acredita que hotéis migrarão espontaneamente para outra região após requalificação
A operação urbana na rua Guaicurus, rodoviária e entorno faz parte do Plano de Reabilitação do Hipercentro, lançado pelo prefeito Fernando Pimentel (PT) no último dia 19. Segundo Maria Caldas, ainda não foi definido exatamente o que será feito na região e quando as obras serão iniciadas. Ela informa que o objetivo do prefeito é licitar os 14 projetos do plano até o término do mandato, no final de 2008. "O plano é uma proposta macro de identificação de áreas que podem sofrer intervenções. A da Guaicurus é a de maior potencial para receber projetos arrojados de substituição do tecido urbano, que demandem grandes áreas."
Embora afirme que não exista nenhum projeto definido, Pimentel ressalta que o plano quer mudar o perfil da área. "A previsão é que quatro quarteirões, entre a Guaicurus e a Santos Dumont, sejam objeto de uma operação urbana que facilitaria algum empreendedor privado a investir e mudar o perfil que hoje tem ali. Mas não tem nada concreto e por enquanto não recebemos proposta de interesse de nenhum grupo sobre isso", diz o prefeito. As mudanças na Guaicurus dependem da aprovação de uma lei. Maria Caldas explica que há muitos galpões na Guaicurus, a maioria vazia e danificada, que podem ser substituídos por centros de convenções e culturais. "Há uma vocação para atividades complementares às do bulevar. A existência de grandes prédios, subutilizados, também permite que a área seja explorada pela hotelaria e turismo de negócios."
Segundo o presidente da Associação dos Amigos da Rua Guaicurus, Ailton Alves de Matos, alguns imóveis podem ser transformados em moradias estudantis. Maria Caldas afirma que entre as diretrizes do plano está o estímulo ao uso residencial no centro. Mas ela diz que não está definida a construção de conjuntos habitacionais. Para Maria Caldas, a existência da zona boêmia não inviabilizaria a execução de projetos. "O abandono leva à degradação. Pode até existir uma harmonia após a valorização. O que não pode é a dominação por esse uso (a zona boêmia). A idéia não é expulsar ninguém, mas a tendência é que os hotéis queiram ir para outra região." Matos acredita que as intervenções vão atrair moradores e comerciantes. Segundo ele, pelo menos dez prédios estão subutilizados. Mas Matos defende a permanência da zona boêmia. "Não pode ocorrer um desrespeito com quem já está instalado na Guaicurus. A cidade sempre conviveu tranqüilamente com essa região, que é clássica."



Oswaldo de Assis Ferreira, 53, trabalha no centro há 37 anos
Comerciante teme prejuízos em venda de churrasco

Há 37 anos, o comerciante informal Oswaldo de Assis Ferreira, 53, trabalha no centro de Belo Horizonte. Atualmente, ele vende churrasquinhos ao lado de um dos hotéis da rua Guaicurus onde são encontradas as profissionais do sexo. A possível migração dos hotéis para outra região, ressalta Ferreira, reduziria muito o movimento no comércio local.
"Se tirarem os hotéis daqui, muita loja vai fechar as portas. As profissionais do sexo são as principais consumidoras do comércio da Guaicurus e atraem as pessoas para essa região", diz Ferreira. A profissional do sexo B., 27, que há dois anos faz programas na zona boêmia, afirma que mais de 90% da clientela das farmácias, lanchonetes e salões de beleza são mulheres que trabalham nos hotéis.
Há 22 anos trabalhando na Guaicurus, a profissional do sexo M. ressalta que o comércio na região sempre conviveu em harmonia com a prostituição.
"Há um respeito mútuo entre os donos das lojas, seus funcionários e as profissionais do sexo. Muitos comerciantes do interior preferem fazer compras nos atacadistas daqui, pois aproveitam para dar uma passada nos hotéis", destaca.
Para ela, os shoppings populares foram criados estrategicamente próximo à rua Guaicurus, por causa da grande movimentação de pessoas no local. "Se eles não tivessem sido construídos aqui, não fariam tanto sucesso", ressalta. (EB)



Intervenções devem incluir quatro quarteirões
Residências poderão dar nova vida à região

Defensor do uso residencial do centro de Belo Horizonte, o assessor da presidência do Conselho de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), José Abílio Belo Pereira, acredita que futuros moradores da Guaicurus poderão conviver de forma harmoniosa com a movimentada zona boêmia. "É interessante manter habitações na área central da cidade, pois é isso que dá vida à região. A convivência entre variados usuários é possível, desde que seja mantida a disciplina, como ocorre em outros lugares do mundo", afirma.
Pereira destaca a importância das intervenções previstas na Guaicurus e, assim como a consultora da Secretaria de Políticas Urbanas, Maria Caldas, ressalta a vocação da área para os empreendimentos culturais. "Não se trata de uma revitalização, pois o espaço público não está morto. Pelo contrário, é cheio de vida, de gente circulando. A expressão mais correta é requalificação, dos passeios, praças e equipamentos públicos ou mesmo privados, mas que sejam de interesse coletivo", diz.
A diretora de patrimônio do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) em Minas, Branca Perocco, destaca que as ações de reabilitação executadas no centro trazem mais benefícios do que as realizadas nos bairros. Para ela, o fato de atualmente a rua abrigar uma zona boêmia não impede que futuramente ela tenha uso residencial. A arquiteta acredita que os próprios hotéis tenham interesse em sair de lá. "Eu creio que a prefeitura não seja tão radical de querer acabar com uma tradição, um rótulo difícil de ser tirado. Mas essas coisas acontecem naturalmente, como ocorreu em Portugal e outros países." (EB)


quarta-feira, 4 de julho de 2007

Gabriela, Onda Livre


As outras estão no Fórum (http://guaicurus.my-forums.net), ao menos por enquanto.


quinta-feira, 31 de maio de 2007

Continuação das fotos da perva! :-)






Claudia - Cabeça de boi!



















Olá putanheiros!

Conforme tinha falado pela comunidade, segue em anexo novas fotos da perva que tirei na quinta-feira passada, dia 31/05.

Comentem tanto pela comunidade e aqui pelo blog!

Um abraço a todos e boas metidas!

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Guia das Zonas de BHz

(Essas informações estão circulando pela internet há algum tempo e foram publicadas na seção "Eventos" da CDG por Juliano Lobato. Não conferi nenhuma informação e não me responsabilizo por elas. Além disso, fiz pequenas alterações no final.)

Tá ai um guia prático de "pontos turísticos" de BH.

-Fascinação Rua Mato Grosso, 3292-3715
Entrada: R$20,00
Programa: R$180,00

-Luar Rua Gonçalves Dias, 3016 - 3292-4138
Consumação: R$10,00
Programa: R$130,00

-New Sagitarius Rua Alfenas, 27 - 3221-9304
Consumação: R$35,00
Programa: R$200,00

-Sayonara Rua Aimores, 05 - 3284-9242
Consumação: R$35,00
Programa: R$150,00

-Cristal Rua Rio Grande do Norte, 1470 - 3221-9856
Consumação: R$34,00
Programa: R$150,00

-Skorpions Av Cristovão Colombo, 571 - 3223-2662
Consumação: R$40,00
Programa: R$150,00

-Ápice Scoth Bar Rua Gonçalves Dias 3335-0926

-Aprhodite Rua Martin de Carvalho, - 3072-4031
Consumação:R$10,00
Programa: R$100,00

-Nova Brut Rua Martin de Carvalho, 713 - 3335-2118
Consumação: R$20,00
Programa: R$120,00

-Nice Scoth Bar Rua Apiranga, 145 - 3375-8073
Programa: R$80,00 (só mulheres liberais)

-Aruba Rua Tenente Brito Melo, 06 - ?
Entrada: R$10,00
Programa: R$100,00

-Champagne Rua Itambé, - 3226-3904
Entrada: R$10,00
Programa: R$90,00

-La Femine Rua Gonçalves Dias, 3194 - 3291-0633
Programa: R$90,00

-Stop Girls Avenida Amazonas, 1533 - 3335-3361
Entrada: R$10,00
Programa: R$100,00

-Boite Enigma Rua Carijos, 141 -
Consumação. R$17,00
Programa: R$100+15 saída (muito boas, a maioria estuda na newton)

-Felinas Avenida Amazonas, ?
Entrada: R$10.00
Programa: R$100.00

-Doce Pecado Alameda Sapoti, 160 - 3375-9364
Programa: 50,00 1/2 hora - 80,00 1 hora

-Whiskeria Avenida Augusto de Lima, ?
Consumação R$10,00
Programa: R$125,00

-Clinica Jacqueline 3225-8550

-Casa da Carla Rua Tupis, 1667 ?
Programa: R$60,00

-Blue House (Azulão) Rua Aimores, atrás (Felinas) 3275-2802
Entrada: R$5,00
Programa: R$100,00 1/30h

-Stander Avenida Bias Fortes , esq. com R. São Paulo
Entrada: R$10,00
Programa R$90,00

-CDG
Entrada: de grátis!
Programa Básico: R$7,00 a R$20,00 (cerca de 15 minutos)
Programas "Caprichados": a combinar. Quanto mais tempo e mais "ousado", mais caro. Tem para todos os bolsos e você não escolhe no escuro.

Bom Divertimento!!!

Planilha da vida real

O Guerreiro do garimpo enviou uma planilha na qual estão apresentados os cálculos relativos aos custos com esposa e com prostitutas, para fins de comparação.

A vantagem das últimas em relação às primeiras é enorme! Vale conferir...

Como se trata de uma planilha de Excel, fui obrigado a disponibilizar o arquivo através do seguinte endereço: http://www.4shared.com/file/13801182/df42fc6d/pervas.html

Aproveitem o exemplo e façam seus próprios cálculos.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Amanda ou Keiciane, sei lá







As imagens foram enviadas por Rick Fonseca e publicadas como vieram...